Debug: entenda a sua importância e como usar diversas técnicas

Daniel Kriger

Por Daniel Kriger13 jul 202210 min de leitura

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Os códigos não estão salvos de erros, porém, o debug existe para corrigir problemas de desenvolvimento. O debug existe como técnica para solucionar eventuais bugs na programação e, para isso, segue um passo a passo estrutural para verificar erros.

O debug localiza erros enquanto a programação já está rodando e pode ser um aliado importante na hora de escrever o código. O programador pode usar o debug e ir acompanhando se o trabalho dele está correto e funcionando e realizando ajustes, caso seja necessário. Acompanhe este texto e entenda detalhadamente o que é debug.

O que é debug?

O debug  é um comando para corrigir problemas no código-fonte. Ele tem a função de corrigir erros de execução do código e é uma ferramenta poderosa na mão de programadores. Isso porque é possível escrever o código e testar, antes mesmo de chegar ao fim, validando cada passo do processo de desenvolvimento. 

São três tipos de erros que podem acontecer na programação: sintaxe, execução e semântica. A primeira, geralmente está vinculada a erros de digitação ou falta de pedaços de texto. A segunda, apresenta problemas de lógica. E a terceira não encontra problemas de escrita, mas o resultado final não é o esperado, sendo assim, possivelmente um erro de lógica também. 

Diferenças entre Debug / Debugging e Depurar/ Depuração

A diferença entre os termos está na língua. Enquanto debug e debugging são termos em inglês para definir a ação de revisão, depurar e depuração são os correspondentes em português. Entretanto, em português, depuração é um substantivo e é usado para dar nome a outros objetos, não necessariamente ligada à depurar.  

Para que serve o debug?

O debug serve para corrigir erros no código. Quando o programador escreve um código, ele pode usar o debug para localizar problemas na operação e corrigir. Ele torna possível, também, a navegação pelo site, aplicativo ou software sem que o usuário se depare com erros que possam comprometer o funcionamento de comandos específicos.

De onde surgiram os termos bug e debug?

O termo debug é atribuído a Glenford J. Meyers e apareceu no livro Software Reliability: Principles and Practices, de 1976. 

Já a origem do termo bug é um tanto curiosa. Uma das vertentes da história é que a analista de sistemas Grace Hopper, encontrou um inseto dentro do computador que impedia o funcionamento adequado e disso surgiu o nome. 

Outra vertente envolve Thomas Edison. Segundo essa versão, o inventor da lâmpada, encontrou um inseto enquanto lia em seu fonógrafo, o que causou uma falha mecânica e o termo passou a ser usado como um sinônimo de erro. 

Como funciona a depuração?

O debug tem como objetivo corrigir problemas no código-fonte. Ele funciona assim. Durante a depuração, o código é executado. Todas as ações, ou seja, as funcionalidades passam por esse teste. Caso a ação não esteja escrita corretamente, o programador recebe um alerta de bug. Essa é a depuração. 

Qual a importância do debug?

O debug é importante, pois, consegue localizar erros ao longo do código, sendo possível corrigir. Em um código longo, escrever sem parar, sem testar o funcionamento dos comandos pode ser determinante na produtividade do programador. 

O debug se mostra importante nessa função de revisão e teste. O programador que sabe dessa importância e utiliza o debug otimiza o seu tempo. Em outras palavras, o debug é importante porque aumenta a produtividade e gestão de tempo do programador. 

Confira as principais técnicas usadas para debugar um programa!

Existem algumas técnicas para fazer o debug. Acompanhe: 

Debug interativo

É muito utilizado por profissionais de programação. Nesse processo, o profissional consegue carregar programas de interface gráfica dentro do depurador, identificando pontos de interrupção e examinando. 

Debug reverso

Basicamente ele é capaz de gravar como é a execução do programa e executar ao contrário, dessa propriedade é que se chama de depuração reversa. Ela é uma ferramenta útil para encontrar problemas na programação de forma rápida. 

Debug remoto

O debug remoto depende que computadores tenham aplicativos específicos. Se tiverem, permitem que o teste seja realizado de forma remota, de qualquer lugar. 

Debug post-mortem

A depuração post-mortem é inspeção de um aplicativo que travou ou falhou de alguma forma, para entender os motivos que levaram a esta falha. Ele é usado logo que a falha é encontrada para que seja corrigida.  

Debug delta

Também poderia ser chamado de debug de comparação. Ele consegue comprar operações de sistemas diferentes e apontar quais são as inconsistências. 

Como debugar? Os principais passos!

Debugar exige reconhecer o erro no código, entender qual é e como resolver. Veja um passo a passo simples para te ajudar na hora em que encontrar um bug

Descubra que o Bug existe

Assumir que existe um problema (bug) no código é o primeiro passo para corrigir. E para descobrir um erro existem duas formas: passiva e proativa. Na forma proativa, testes podem ser feitos ao longo da programação para verificar se as ações do código conseguem ser executadas, a outra é o erro em si do código. Aguardar que o erro apareça, nesse contexto, é a forma passiva de descobrir o bug. 

Separe o conteúdo que está bugado

Agora que você encontrou o bug no código, o próximo passo é separar, isolar, este pedaço de programa para poder trabalhar mais concentrado no erro em si, ao invés de ter o código todo na sua frente, sem necessidade. 

Identifique a causa do Bug

Encontrou, separou, mas qual é o problema mesmo? Eles podem ser de três tipos: sintaxe (erro de digitação), execução (erro de lógica) e semântica (erro de lógica, sem erro de digitação). Sabendo qual é o tipo do bug fica mais fácil descobrir como resolver. 

Descubra a melhor solução para o Bug

Este passo exige estudo e pesquisa. Entendendo qual é o bug  no seu código, é preciso verificar o que está errado para corrigir. Se for um erro de sintaxe é simples, pois, uma varredura no código e a revisão da frase errada, podem resolver, agora existem problemas mais complexos, mas não se desespere!

Resolva o bug e faça testes

Como tudo em programação, testar é necessário. Depois de ter encontrado a parte do código que está errada, busque soluções em fóruns, com colegas, enfim, e aplique no seu código. Faça um teste e veja o que acontece. Teste até conseguir um resultado satisfatório e que tenha corrigido o bug. Testar é essencial para acertar. 

5 dicas de debug para Javascript

O primeiro passo para depurar seu código é a escolha da IDE mais adequada à linguagem de programação escolhida (já que escrever código no bloco de notas pode ser o início para muitos programadores, mas não é o caminho mais fácil, nem o mais aconselhável!).

Uma IDE que dispõe de diversos recursos para a linguagem terá ferramentas de depuração avançadas bastante úteis na hora de escrever o código. 

1. Crie um ponto de pausa no seu código

Pontos de interrupção, como o próprio nome diz, são linhas indicadas pelo programador onde a execução do código será interrompida. 

Em diversas IDEs, é possível, neste ponto, seguir executando o restante do código, linha a linha, verificando os valores atribuídos às variáveis e se determinados trechos são executados até o fim da execução do método e o valor por ele retornado. 

Caso a IDE não tenha esse recurso, pode-se utilizar logs e alertas para verificar valores de variáveis, se o fluxo do código executado era o esperado e qual será o resultado final. 

2. Avalie o que pode ter levado ao erro

Uma vez identificado o ponto onde o código começa a se comportar de maneira diferente da esperada, é hora de encontrar a origem do problema. 

Muitos erros podem ocorrer pelo fato de Javascript ser uma linguagem fracamente tipada. Por isso,  é comum que operações sejam executadas entre operandos de tipos incompatíveis, por exemplo. 

Esses erros, por ocorrerem em tempo de execução, são diagnosticados por meio do debug. 

Verifique, portanto, a fonte dos dados que são utilizados pelo seu programa e se eles estão chegando com o formato esperado e por completos. 

Analise também as bibliotecas e APIs usadas, que podem causar problemas no código-fonte de um aplicativo.

3. Avalie a sua documentação

A maioria das linguagens de programação de mercado tem documentação disponível para consulta. Tire todas as dúvidas relacionadas ao uso da linguagem pela documentação oficial ou manuais de referência. 

Muitas vezes, o uso de funções e métodos deve seguir uma assinatura específica para atingir certo resultado. Tenha sempre uma boa referência da linguagem à mão para auxílio.

A consulta a blogs e fóruns pode ajudar também! Afinal, se você identificou um problema específico, é provável que alguém também já tenha passado por ele e documentado uma solução.

4. Elimine os cenários em que o bug não ocorre

Saber o que não está causando bug vai ajudar a identificar mais rápido o que está. 

Quando surgir um erro durante o debug, reproduza-o para entender o caminho que vai te lavar à raiz do problema, o ponto exato onde é necessária a atenção do programador.

5. Identifique se o resultado obtido com a operação corresponde ao correto

É recomendado neste momento consultar as regras de negócio do sistema em questão, em especial para sistemas complexos. 

A compreensão de como determinada funcionalidade do sistema deveria se comportar facilita, e muito, verificar se a execução do sistema está acontecendo da forma correta. 

5 tipos de ferramentas de depuração

Conhecer a ferramenta de depuração de cada um dos principais navegadores do mercado ajuda a encontrar essas incompatibilidades e resolvê-las de modo mais rápido. Veja as principais:

Chrome Dev Tools

Essa ferramenta do Chrome permite visualizar, incluir e excluir elementos do DOM de uma página, o que ajuda bastante caso seu código gere elementos HTML dinamicamente. 

Os logs adicionados em Javascript são mostrados na aba Console, assim como erros e warns, o que é bastante útil durante a depuração do código. 

É possível também ver as requisições que estão sendo feitas pela página, seu retorno, o tempo de resposta, entre muitas outras informações que auxiliam na tarefa de diagnóstico e correção de erros.

Web Inspector

O Web Inspector tem a mesma proposta do Chrome Dev Tools, mas com uma interface mais amigável, especialmente para edição de elementos do DOM de páginas WEB. 

Suas ferramentas de diagnóstico avançado são também bastante atrativas e dão agilidade ao processo.  

Firefox Developer Tools

Muito semelhante ao Chrome Dev Tools, essa ferramenta do Firefox permite fazer o debug de código executado por esse navegador, além de ter a funcionalidade Javascript Debugger, que ajuda a parar, verificar e alterar o Javascript durante a execução.

É importante lembrar que um código escrito e testado em um navegador pode não ser compatível com outros navegadores. 

Há uma grande quantidade de incompatibilidades, especialmente quando usamos bibliotecas externas, que precisam ser consideradas. 

React Developer Tools

Sendo uma biblioteca do Javascript, o React tem muitos recursos que necessitam de uma ferramenta específica de diagnóstico. 

O React Dev Tools é uma ótima opção para adicionar ao Chrome Dev Tools essas ferramentas que facilitam o debug de código escrito em React. 

A função de inspecionar a árvore de elementos React é o destaque dessa útil ferramenta que está disponível para os principais navegadores.

Node Inspector

O Node Inspector funciona semelhantemente ao Chrome Dev Tools. Ele permite navegar pelos arquivos fonte da aplicação, inserir breakpoints, inspecionar escopo de variáveis e seus valores, entre outras funcionalidades. 

Conclusão

Como vimos, o debug é uma ferramenta importante, tanto dos programadores que estão começando, quanto dos mais experientes. Ele é uma ferramenta que auxilia todo o andamento do projeto, pois identifica erros na programação e tornando possível realizar alterações. O debug é um grande aliado dos programadores na produtividade e gestão de tempo

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