As principais características da programação orientada a objeto

Na programação não existe apenas um método correto de se desenvolver um sistema. Ao assumirmos esse papel de pessoa desenvolvedora e criarmos um projeto do zero, é necessária uma preparação e um estudo prévio sobre as características, designs e arquiteturas que serão aplicadas.

Feito isso, é a hora de decidir quais tecnologias e padrões serão utilizados no código. Para chegarmos a essa conclusão, existem os paradigmas da programação. Esses paradigmas são conjuntos de padrões e metodologias que serão aplicadas pela equipe desenvolvedora na criação do sistema.

Existem dois tipos de paradigmas da programação: O POO, também conhecido como programação orientada a objetos, e a programação estruturada. 

Nesse artigo, aprenderemos mais sobre como funciona a programação orientada a objetos e quais as suas principais características.

O que é programação orientada a objetos?

Antes de entendermos como funciona esse paradigma da programação, precisamos entender o que são objetos. Nas linguagens, objetos são um conjunto de dados e informações, inseridas em pequenos blocos que fazem parte de um bloco maior, que seria o código final.

Dessa forma, ao utilizarmos uma programação orientada a objetos, estaremos definindo métodos que serão aplicados apenas a esse pedaço de código, criando responsabilidades que estarão restritas ao seu escopo. 

Por que aprender programação orientada a objetos (POO)?

Esse paradigma da programação nos traz diversos benefícios na hora de desenvolver um sistema. Um dos principais é a segurança, devido a sua característica de dividir responsabilidades e informações entre diferentes objetos.

Também podemos citar a reutilização de código, a capacidade de representação do sistema ser mais próximo da realidade e o encapsulamento de dados, tornando nosso código mais legível e limpo.

Atualmente, diversos sistemas utilizam o POO em seus códigos. Sabemos que uma pessoa desenvolvedora necessita sempre estar se atualizando e seguindo as tendências e padrões do mercado de tecnologia. Por isso, aqui na Kenzie Academy Brasil, nossos alunos aprendem a utilizar esse paradigma de forma eficiente, seguindo sempre como referência o que está sendo utilizado no mercado de trabalho. Conheça mais sobre a nossa formação de Desenvolvimento Full Stack.

Quais são as principais linguagens de programação orientada a objetos?

A programação orientada a objetos, por estar presente em diversos contextos de aplicações atuais, possui diversas linguagens que suportam a sua utilização. 

Entre as principais, podemos citar três:

Java

O Java é uma das linguagens de programação mais utilizadas no mercado atual. Além disso, sem dúvidas, é a mais popular linguagem de programação orientada a objetos, por contar com diversos recursos nativos para o desenvolvimento do código utilizando esse paradigma.

Atualmente, essa linguagem é mantida pela Oracle. Nos últimos anos, recebeu diversas atualizações, adquirindo cada vez mais tecnologias e bibliotecas que auxiliam a pessoa desenvolvedora na criação de sistemas.

C#

Essa linguagem de programação foi desenvolvida pela Microsoft como parte da plataforma .NET. Possui como principal característica a tipagem forte e a sua sintaxe totalmente voltada para o desenvolvimento orientado a objetos.

A sua criação sofreu forte influência de diversas linguagens de programação, como o C++, Object Pascal e, principalmente, o Java.

C++

Criada em 1979, o C++ é uma linguagem de programação multi-paradigma e de uso geral. O seu surgimento se deu a partir da linguagem C, com o objetivo de adaptá-la ao paradigma de programação orientada a objetos, que vinha ganhando cada vez mais força na época.

Essa linguagem se consolidou como uma das mais utilizadas do mercado devido a sua base de utilizadores e por proporcionar um maior desempenho nas aplicações.

As principais características da programação orientada a objeto são:

Abstração

Essa característica é muito importante para definir o paradigma da programação orientada a objetos. A abstração consiste em transformar e extrair informações do mundo real para dentro do código.

Imagine que, em nossa aplicação, possuímos uma classe chamada Carro. Essa classe terá características padrões a serem seguidas, como, por exemplo, a marca, a quantidade de portas, a cor, o ano, entre outras. Repare que estamos utilizando informações reais sobre veículos.

Essa classe também pode possuir métodos e funcionalidades únicas, como, por exemplo, um método de ligar o carro, acender o farol ou, até mesmo, abrir o porta-mala.

Encapsulamento

Lembra quando falamos que um objeto na programação é um pequeno bloco contendo dados e informações? Isso só é possível devido ao encapsulamento.

Dessa forma, garantimos que aquelas informações serão de responsabilidade exclusiva daquele próprio objeto, definindo um escopo para a sua atuação.

Herança

Esse conceito se assemelha muito ao que conhecemos como herança na vida real. Consiste em passar informações e características de uma classe para outra, sem a necessidade de repetição de código e entidades.

Usando novamente o exemplo do carro, caso agora quiséssemos criar uma classe Moto, poderíamos herdar algumas propriedades comuns em veículos, como, por exemplo, a marca, as rodas e a funcionalidade de ligar/desligar.

Polimorfismo

Polimorfismo significa “muitas formas”. Na programação orientada a objetos, essa característica define a especialização das classes filhas. 

Voltando ao exemplo da classe Moto. Lembra que herdamos algumas características em comum de veículos da classe Carro? Pois é, acontece que, diferente dos carros, as motos possuem apenas 2 rodas. Cada veículo também possui uma “identidade” própria e uma marca diferente. 

Percebe que apesar de serem propriedades e características em comum, os seus valores diferem? É exatamente essas possibilidades que o polimorfismo traz para os objetos na programação.

Conclusão

Nesse artigo, entendemos a importância da utilização da Programação Orientada a Objetos em nossos projetos. Lembre-se, por se tratar de algo muito relevante no mercado da tecnologia, o estudo desse paradigma se torna fundamental na vida de uma pessoa desenvolvedora. 

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